TRANSGENICOS | Você sabe o que esse símbolo significa?




Esse símbolo aponta que os alimentos são transgênicos, ou seja, aqueles que são modificados geneticamente com a alteração do código genético (DNA) e produzidos em laboratório por meio de técnicas artificiais de engenharia genética

Hoje, 85% do milho e 89% da soja produzidos no Brasil, são transgênicos.


QUAIS OS RISCOS PARA A SAÚDE?

São vários e graves os riscos potenciais, tendo os cientistas apontado como os principais deles:

Aumento das alergias
Quando se insere um gene de um ser em outro, novos compostos podem ser formados nesse organismo, como proteínas e aminoácidos. Se este organismo modificado geneticamente for um alimento, seu consumo pode provocar alergias em parcelas significativas da população, por causa dessas novas substâncias. Por exemplo, no Instituto de Nutrição de York, Inglaterra, em 1999, uma pesquisa constatou o aumento de 50% na alergia a produtos à base de soja, afirmando que o resultado poderia ser atribuído ao consumo de soja geneticamente modificada.
Outra preocupação é que se o gene de uma espécie que provoca alergia em algumas pessoas for usado para criar um produto transgênico, esse novo produto também pode causar alergias, porque há uma transferência das características daquela espécie.
Foi o que aconteceu nos Estados Unidos: reações em pessoas alérgicas impediram a comercialização de uma soja que possuía gene de castanha-do-pará (que é um famoso alergênico).

Aumento de resistência aos antibióticos
Para se certificar de que a modificação genética "deu certo", os cientistas inserem genes (chamados marcadores) de bactérias resistentes a antibióticos. Isso pode provocar o aumento da resistência a antibióticos nos seres humanos que ingerem esses alimentos. Em outras palavras, pode reduzir ou anular a eficácia dos remédios à base de antibióticos, o que é uma séria ameaça à saúde pública.

Aumento das substâncias tóxicas
Existem plantas e micróbios que possuem substâncias tóxicas para se defender de seus inimigos naturais, os insetos, por exemplo. Na maioria das vezes, não fazem mal ao ser humano. No entanto, se o gene de uma dessas plantas ou de um desses micróbios for inserido em um alimento, é possível que o nível dessas toxinas aumente muito, causando mal às pessoas, aos insetos benéficos e aos outros animais. Isso já foi constatado com o milho transgênico Bt, que pode matar lagartas de uma espécie de borboleta, a borboleta monarca, que é um agente polinizador. Sequer a toxicidade das substâncias inseridas intencionalmente nas plantas foi avaliada adequadamente. Estas substâncias estão entrando nos alimentos com muito menos avaliação de segurança que qualquer aditivo, corante, pesticida ou medicamento.

Maior quantidade de resíduos de agrotóxicos
Com a inserção de genes de resistência a agrotóxicos em certos produtos transgênicos, as pragas e as ervas-daninhas poderão desenvolver a mesma resistência, tornando-se "super-pragas" e "super-ervas". Por exemplo, a soja Roundup Ready tem como característica resistir à aplicação do herbicida Roundup (glifosato). Consequentemente, haverá necessidade de aplicação de maiores quantidades de veneno nas plantações, o que representa maior quantidade de resíduos tóxicos nos alimentos que nós consumimos. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou em 2004 o aumento em cinquenta vezes do limite de glifosato permitido em alimentos a base de soja. Os prejuízos para o meio ambiente também serão graves: maior poluição dos rios e solos e desequilíbrios incalculáveis nos ecossistemas.

Possibilidade de redução da fertilidade
Outro grande risco do consumo de alimentos geneticamente modificados é a possibilidade de se desenvolver infertilidade. Em estudos recentes, feitos por pesquisadores na Áustria, grupos de ratos foram alimentados por milhos transgênicos, enquanto outros pelo cereal natural. Ao término da pesquisa, chegou-se à conclusão de que houve mais casos de infertilidade no primeiro grupo de animais.

Nas rações dos nossos pets
Os cereais e grãos que estão presentes na ração como milho, soja, trigo e arroz são fontes de fibras e contribuem para o fluxo intestinal e na formação do bolo fecal dos pets e são geralmente eles que são transgênicos.
Estudos americanos identificaram resíduos de glifosato em rações para pets. 


E QUAIS OS RISCOS PARA O MEIO AMBIENTE?

Os perigos que os transgênicos podem oferecer ao meio ambiente são muitos.
A inserção de genes de resistência a agrotóxicos em certos produtos transgênicos faz com que as pragas e as ervas-daninhas (inimigos naturais) desenvolvam a mesma resistência, tornando-se "super-pragas" e "super-ervas".
Por exemplo, a soja Roundup Ready tem como característica resistir à aplicação do herbicida Roundup (glifosato). Isso vai exigir a aplicação de maiores quantidades de veneno nas plantações, com maior poluição dos rios e solos. Haverá ainda desequilíbrios nos ecossistemas a partir da maior resistência desenvolvida, ao longo dos anos, pelas pragas e ervas-daninhas.
Para o Brasil, detentor de uma biodiversidade ímpar, os prejuízos decorrentes da poluição genética e da perda de biodiversidade são outros graves problemas relacionados aos transgênicos.


COMO O BRASIL SE COLOCA NESSE CENÁRIO?

Está claro que a maioria dos brasileiros não sabe o que são alimentos transgênicos. 
Por outro lado, é muito positiva a atuação das organizações não-governamentais que se preocupam com o problema. São Paulo foi declarada uma área livre de transgênicos.
Isso mostra que se está ouvindo a ciência independente e percebendo que o método não é seguro e, com toda certeza, não é necessário. Agora, é preciso educar a população e as ONG’s têm um papel fundamental nesse cenário.

Um argumento que se usa a favor dos transgênicos é que eles diminuiriam o uso de herbicidas. O que é pior: alimentos geneticamente modificados ou agrotóxicos?
Não se pode separá-los. Apesar de as sementes transgênicas serem mais tolerantes, as indústrias continuam usando herbicidas a fim de maximizar os lucros. Por isso, não é um ou outro; são os dois. Os transgênicos possuem tanto a toxina derivada do processo transgênico quanto a do agrotóxico. As duas são perigosas, em diferentes formas.
Combinadas são ainda piores.

Fonte:

Postar um comentário

0 Comentários